sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sobrevivente


Sintetizo luas e lugares, sonhos irregulares no metrô
fragmentos de quem sou caem no verso como a chuva na cidade
há quem tome rodo da intrépida maldade residente desse cep
num carro sem estepe ou num trem sujo e lotado
levito igual moléculas impuras no ar, e é a arte de rimar
que tiro fôlego pra incrementar a experiência da respiração contínua
facínoras bloqueiam meu poder de síntese
antítese do costumeiro modus operandi brasileiro
me doo por inteiro à minha arte
esse é apenas o começo da segunda parte.

Instituto de Artes da UNESP
São Paulo - 2011

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